
Acompanhada por milhares de pessoas nas margens do canal, a parada inaugurou um festival que terá quase 300 eventos e festas ao longo do fim de semana. As brincadeiras incluem a popular "Olimpíada Drag Queen", com provas como lançamento de bolsas.
Ativistas britânicos e americanos também estavam junto com generais e oficiais de alto escalão - alguns gays, outros apenas mostrando solidariedade. Ao todo, eram cerca de 80 autoridades militares e civis no barco do ministério da Defesa.
Diferentemente dos militares dos EUA - que só puderam passar a declarar abertamente a opção sexual com o fim da política do "Don′t ask don`t tell" -, os gays servem abertamente nas Forças Armadas holandesas desde 1974, e por 25 anos tiveram um departamento para cuidar de seus interesses - a Fundação dos Homossexuais nas Forças Armadas.
Porta-voz diz que de 6% a 8% dos militares holandeses são homossexuais
Ainda assim, militares gays disseram que ter a participação de oficiais na parada de Amsterdam "é um grande passo adiante" em um país já acostumado à igualdade sexual. Durante anos, a Fundação não teve permissão para se juntar ao evento. Nos últimos dois anos, porém, militares foram autorizados a participar em barcos de outras organizações.
" Os líderes políticos achavam que não era apropriado usar uniforme nesse tipo de parada", disse o major Peter Kees Hamstra, porta-voz da Fundação. "Isso mostra a todo mundo que o clima está mudando".
Segundo o porta-voz, entre 6% e 8% dos militares holandeses são homossexuais, o que corresponde à proporção observada na população em geral. Apesar da reputação de país liberal, a Holanda também registra casos de preconceito sexual nas fileiras militares.
" É incrível estar aqui", disse o ex-tenente do Exército americano Dan Choi, que foi demitido no ano passado por violar a antiga política do "Don`t ask don`t tell", que impedia os militares de revelarem sua opção sexual, mas garantia que pudessem ser contratados sem que serem perguntados sobre o assunto.