sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Escola Jovem GLBT em Campinas recebe jovens alunos discriminados em colégios convencionais

Segundo informações da revista Carta Capital, muitos estudantes da Escola Jovem LGBT,
em Campinas, estão fora da escola tradicional por serem discriminados.
Atualmente, trinta jovens gays, bissexuais e travestis entre 14 e 24 se dividem entre
os cursos de produção de revista, teatro e música.

Diversidade em sala de aula

Alardeada como a primeira “escola gay” do Brasil, a Escola Jovem LGBT quase passa
despercebida no pacato bairro residencial em que está instalada, na cidade de Campinas (SP).
A despeito do título adotado, não se trata de uma escola regular, dirigida para o ensino de Matemática,
História ou Língua Portuguesa. Dentro da casa de seis cômodos, cerca de 30 jovens LGBT
(sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) participam gratuitamente de aulas de
música, teatro e de produção de revistas, todas voltadas para o universo gay. A ideia nasceu
há dez anos, a partir de e-mails trocados pelo fundador, o jornalista Deco Ribeiro, com outros
jovens que passavam pelas mesmas angústias que ele. Hoje com 39 anos, Deco conta que
se descobriu homossexual no início da adolescência, aos 13. “Eu achava que era o único gay
da minha escola, da minha rua, da minha cidade. Com a internet, descobri que muitos passavam
pelo mesmo que eu”, lembra. Com o sucesso da lista de e-mails, que chegou a reunir 4 mil participantes,
criou um site para agregar as principais dúvidas e questionamentos dos jovens. Foi quando nasceu o
e-Jovem, transformado em 2004 em uma ONG para combater a homofobia.

Em 2009, o projeto de Deco para uma escola de artes voltada para jovens LGBT venceu um
edital do Ministério da Cultura, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. Único dos 350
candidatos a propor a criação de um centro cultural voltado para a diversidade sexual e de gênero,
o projeto passou a ser um dos Pontos de Cultura do Estado e a receber uma verba de 60 mil reais
por ano. Com o dinheiro, Deco transformou a casa em que vivia com o companheiro Chesller Moreira
(a drag queen Lohren Beauty) em escola. O espaço ainda parece improvisado.
O pequeno pátio recebeu carteiras e espelhos nas paredes pintadas de rosa e branco,
um banner e a clássica bandeira arco-íris do movimento são os únicos sinais de militância LGBT.
Na outra sala, três computadores e um monitor formam a sala de informática. As oficinas oferecidas
também funcionam como espaço de convivência. “Aqui todo mundo pode ser como realmente é”, afirma Deco.
A verba do Ministério também paga o salário de três professores e fornece ajuda de custo para seis bolsistas.
Como as aulas são gratuitas, a quantia de 100 reais serve principalmente para transporte. Além de jovens de
Campinas, há alunos de cidades próximas, como Valinhos e Monte Mor.

Apesar do foco no mundo gay, héteros também são bem-vindos na escola. Atualmente,
duas meninas heterossexuais participam das oficinas de revista. “Não é um curso fechado para gays.
Acreditamos que, quanto mais você conhecer o diferente, mais rica será sua experiência”, explica Deco.
Nem todos, porém, compartilham do mesmo ponto de vista. Em novembro do ano passado, a escola foi
atingida por pedras e garrafas. A suspeita é que o ataque tenha partido de moradores da região.
A direção da escola colocou a boca no trombone: depois dos avisos na mídia local de que câmeras de
segurança seriam colocadas na entrada, não houve mais ataques.

Todos os fins de semana, jovens gays, bissexuais e travestis entre 14 e 24 anos organizam-se nas três
turmas de dez alunos da escola. O clima é de descontração. Muitos estão fora da escola tradicional.
É  o caso de Gabriel. Aos 15 anos, não aceito pela família biológica, o garoto relata diversas fugas de
abrigos da prefeitura, onde era, muitas vezes, hostilizado pelos outros adolescentes. Encontrado à beira
de situação de risco pelo fundador da escola, Gabriel vive com o casal no espaço da escola desde o ano
passado. “Eu sou aluno integral”, brinca. A travesti Juana, de 21 anos, é exceção. Ela está no segundo ano
do Ensino Médio de uma escola estadual da cidade e conta que conquistou o respeito de colegas e professores.
"A vice-diretora até foi assistir minha apresentação de dança”, comemora. Juana também luta pela erradicação
da homofobia nas escolas: “Todo travesti tem o direito de estudar”. A sensação de estar entre semelhantes
faz toda a diferença para o jovem Willber, 18 anos. Um pouco mais tímido, o rapaz conta, com os joelhos
balançando de nervosismo, que ficou sabendo da escola por meio dos amigos. “Aqui todo mundo entende
como eu sou, eu me identifico com eles”, garante.

Além dos três cursos em vigor hoje (criação de revista, música e teatro), a escola já ofereceu aulas de dança,
criação de fanzines e um curso livre de defesa pessoal. Ministrada por um especialista em artes marciais,
o curso era focado em como evitar e como escapar de agressões. Até o fim do ano, Deco espera oferecer
cursos de Sociologia da Homossexualidade, de Espanhol e de Drag Queen, que será desenvolvido
por Lohren Beauty e vai ensinar desde a escolha do figurino e maquiagem até presença de palco.

Antigo participante da lista de e-mails que deu origem ao E-Jovem, Breno Queiroz, de 25 anos,
recebe 300 reais por mês para ministrar uma oficina semanal de criação de revistas. Ano passado,
o jornalista já havia participado como professor do curso de produção de fanzines,
publicação alternativa que trabalha com linguagem de quadrinhos. “Muitos foram praticamente alfabetizados
com o fanzine, outros não sabiam usar o computador”, lembra. As oficinas deram origem a cinco volumes
do fanzine No Closet, cuja tiragem de 5 mil exemplares foi distribuída gratuitamente.

Para o diretor da escola, o movimento LGBT passa por um período de transição. O primeiro momento,
marcado pela busca da visibilidade e aceitação, já passou. Agora é a hora do discurso, da sociedade
saber o que os gays têm a dizer. Por outro lado, o aumento da visibilidade alimentaria rea-ções de setores
mais conservadores. Apesar de ter sido o ano da aprovação da união estável entre pessoas do mesmo sexo,
2011 encaminha-se para o triste recorde de assassinatos de homossexuais no Brasil




Stand Up com Nany People


A drag queen mais famosa do país é a convidada especial do projeto mensal de stand up comedy, onde apresentará parte do seu espetáculo 'Então...Deu no que Deu', sua primeira incursão solo pelo universo da chamada comédia de cara limpa.

Em seu espetáculo, Nany usa um texto descontraído para satirizar situações do cotidiano, suas experiências no reality show 'A Fazenda' (Record) e as diferenças entre os universos masculino e feminino de maneira bem humorada, elegante e altruísta. 'Na vida, qualquer forma de discurso, para ser pertinente, tem que ser bem humorado. Então, por que não rir da gente mesmo?', afirma a humorista. Mineira, radicada em São Paulo, Nany People é, desde 2004, mestre de cerimônias do maior festival de humor da América Latina, o 'Risorama', e, em 2010, participou da 2ª Mostra Brasileira de Stand up Comedy. 

Projetou-se no cenário nacional, em 1997, como repórter do programa Novo Comando da Madrugada, de Goulart de Andrade, pela extinta Rede Manchete. Ainda na tevê, trabalhou como repórter especial nos programas 'Flash', de Amaury Junior (Band), Hebe e A Praça É Nossa (ambos do SBT). No cinema, atou ao lado de Caio Blat, em 'Cama de Gato', de Alexandre Stokler. No teatro, trabalhou por dez anos no Teatro Paiol (em São Paulo), com Paulo Goulart e Nicette Bruno. Atuou ao lado de Marília Pêra e Arlete Salles em 'Acredite um Espírito Baixou em Mim', de Ronaldo Ciambrone, e 'Nany People Salvou meu Casamento'. 

A maior marca da artista nos palcos é a interatividade, ela possui uma habilidade ímpar de ler as plateias e temperar sua performance com elementos que tornam o público um parceiro de cena. Desta forma quem assiste ao espetáculo “Então Deu No Que Deu” produz endorfinas em um nível tão especial que o show deveria ser indicado por psicólogos, psiquiatras e psicoterapeutas como alternativa ao tratamento da depressão. O evento é uma realização da Lucas di Mario comunicação & eventos em parceria com o humorista Bruninho Mano, e  contará ainda com à apresentação dos comediantes Bruninho Mano e Fábio Goré.


SERVIÇO
Stand Up Comedy com Nany People
Dia: 
27 de Outubro (Quinta)
Local: Restaurante Serv Bem Varanda
Endereço: Rua Coronel Joaquim Augusto, n° 29 – Centro – Araçariguama/SP
Convites Antecipados :. 1º lote $ 15,00
Pontos de Vendas: Serv Bem Varanda, Empório da Moda, July Store
 e Fox Lan House
Informações e vendas de convites: (11) 9881-8686/ (11) 7170-4414
Realização: Lucas di Mario e Bruninho Mano