quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Rio recebe quase 1 milhão de turistas homossexuais por ano, diz pesquisa

Parada gay reúne milhares de pessoas em Copacabana  (Foto: Reprodução/TV Globo)O Rio de Janeiro recebe cerca de 900 mil homossexuais e bissexuais por ano, que movimentam, em média, R$ 577 por dia, de acordo com a Coordenadoria especial de Diversidade Sexual, que apresentou nesta quinta-feira (24) um estudo com o perfil do turista gay que visita a cidade.
A pesquisa realizada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) durante a 16ª Parada LGBT do Rio de Janeiro, no início de outubro, em Copacabana, na Zona Sul, mostrou que 21% dos entrevistados eram turistas, dos quais 2% eram estrangeiros. De acordo com a coordenadoria especial, turistas que vêm para a cidade para assistir à Parada Gay permanecem por em média 7,9 dias.
O estudo revelou ainda que 43% dos presentes ouvidos eram homossexuais, 21% bissexuais, 34% são heterossexuais e 2% não souberam responder. Na ocasião, 569 pessoas foram ouvidas.
Para o superintendente Sindicato de Hotéis Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), Darcílio Junqueira, o turismo gay é um negócio lucrativo. “É bem lucrativo e o Rio tem recebido bem. Por isso eu reforço: nós temos que preparar hotéis bares e restaurantes para Recber cada dia melhor os turistas, independente da opção sexual de cada um”, contou.
Selo 'Rio Sem Preconceito'
Carlos Tufvesson, estilista e coordenador especial da Diversidade Sexual  (Foto: Túlio Mello/G1)
Na manhã desta quinta-feira (24), a prefeitura do Rio entregou o selo "Rio Sem Preconceito" a representantes de 9 estabelecimentos da cidade do Rio. De acordo com a Coodenadoria especial de Diversidade Sexual, todos os estabelecimentos - oito restaurantes e um hotel - passaram por um processo de capacitação.

De acordo com o coordenador especial da Diversidade Sexual, o estilista Carlos Tufvesson, a capacitação é feita por aulas de noção de direito humanos. “O selo 'Rio Sem Preconceito' é uma capacitação que a coordenadoria especial faz em estabelecimentos comerciais em leis de direitos civis e humanos, municipal, federal e estadual. Nosso intuito é que as pessoas conheçam as leis para não infringi-las. E, com isso, gerar um melhor atendimento para o cidadão do Rio de Janeiro”, explicou Tufvesson.
O treinamento para a capacitação destes estabelecimentos ocorreu na sede do SindRio. “O treinamento foi feito no SindRio, cedemos o espaço, e temos que trabalhar muito isso. Afinal de contas, vem aí os meses de dezembro e janeiro, com uma grande recepção de turistas, então temos que estar preparados para receber”, disse Junqueira.

Parada Gay espera reunir 50 mil pessoas em sua 5ª edição

A 5ª Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) de Piracicaba, popularmente chamada de Parada Gay, espera reunir 50 mil pessoas no próximo domingo (27). O evento encerra as atividades do 3º Encontro LGBT da cidade, que começa nesta quinta-feira (24).
"O encontro precede a parada. Nestes dias são realizadas palestras, debates e orientações sobre diversos assuntos ligados aos homossexuais", disse o coordenador geral do Centro de Apoio e Solidariedade à Vida (Casvi), Anselmo Figueiredo. A organização não governamental (ONG) é a organizadora da festa.
Mudança
A Parada Gay teve sua rota alterada no ano passado. Atualmente, o aquecimento e o início do evento acontecem na Praça do Pelourinho. O ponto final da festa é o Engenho Central. 

"Começamos em 2007 com 5 mil pessoas. Um ano depois foram 8 mil e, em 2009, houve um salto gigantesco para 30 mil pessoas e que se manteve em 2010", disse Figueiredo. Para ele, os 50 mil visitantes esperados em 2011 devem-se a maior divulgação feita pela ONG em todo o Estado.
Uma das novidades do encontro neste ano acontece durante a cerimônia de abertura, que vai ser realizada às 19h30 no anfiteatro do Sesc Piracicaba. Após a abertura do evento será realizado o 1ª Prêmio Cidadania e Respeito à Diversidade Sexual da cidade.
No dia 25 e 26 serão realizadas diversas palestras no anfiteatro da Biblioteca Municipal. Os temas abordados vão de direitos LGBT em São Paulo e no Brasil à homofobia nas escolas, passando pelas ações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, entre outros temas.
"Toda essa movimentação é muito boa para a causa LGBT. A cidade inteira passa a falar sobre o assunto. Isso é muito importante", finalizou Figueiredo.