Em conversa com o portal de notícias G1, a mãe da vítima afirma que ele estava andando próximo a Estrada Santa Mônica quando o carro de polícia parou ao seu lado e três homens desceram já dando pancadas em suas pernas. O jovem caiu com os joelhos machucados e depois jogaram spray de pimenta nos seus olhos. Já no chão, ele foi arrastado para um terreno baldio, onde foi covardemente espancado. A vítima desmaiou e não lembra de mais nada.
J.C.J.L só acordou as 7 da manhã na Santa Casa de Suzano, pra onde foi levado por um carro do corpo de bombeiros. A mãe só ficou sabendo do ocorrido as 16h, quando funcionários do hospital ligaram em sua residência.
O rapaz ficou com o olho inchado, ematomas e passou por uma cirurgia para a reconstrução da orelha esquerda, que foi dilacerada durante o espancamento. Por causa dos ferimentos, ele tem difuldade para ouvir. A mãe se diz revoltada com o que fizeram, mas por se tratar de homens fardados , ela diz que o filho teme. "Acredito que o preconceito tenha sido a motivação. Meu filho está com muito medo".
O caso foi registrado na tarde do mesmo dia como agressão na DP Central de Suzano. No dia 17 (quinta) o delegado assistente, Alexandre Batalha, instaurou um inquérito policial para investigar o ocorrido. Ele explicou que fica difícil seguir uma linha de investigação, pois a vítima não tem muitas informações dos agressores. "O relato dele é muito vago e não dá para afirmar se foram PMs (policiais militares), membros da GCM (Guarda Civil Municipal) ou, até mesmo, seguranças do local em que ele estava", explica.
De acordo com o Jornal "Diário de Suzano", o delegado vai solicitar imagens de circuitos de segurança de estabelecimentos próximos ao local do crime, o que inclui a casa noturna em que a vítima estava. "Vamos analisar as imagens e tentar identificar os autores, mas é um trabalho difícil porque muitas vezes essas filmagens têm uma péssima qualidade e, algumas vezes, são deletadas antes que a Polícia Civil tenha acesso a elas", afirma.
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